quinta-feira, 26 de maio de 2011

UMA MULHER, UMA NEGRA, UMA REVOLUCIONÁRIA SUBVERSIVA!

UMA MULHER, UMA NEGRA, UMA REVOLUCIONÁRIA SUBVERSIVA!

Você já foi à Guiné (em francês Guinée, em fula Gine), oficialmente República da Guiné (também chamada Guiné-Conacri para distingui-la da vizinha Guiné-Bissau) é um país da África Ocidental limitado a norte pela Guiné-Bissau e pelo Senegal, a norte e leste pelo Mali, a leste pela Costa do Marfim, a sul pela Libéria e pela Serra Leoa e a oeste pelo oceano Atlântico. Com 246.000 quilômetros quadrados e dez milhões de habitantes, a Guiné é uma república e a capital, sede do governo e maior cidade é Conacri.





Esse pequeno país africano, fora colônia francesa quando a França venceu as tropas de Samory Touré, guerreiro tuaregue de etnia malinke, o que deu aos franceses o controle do que é hoje a Guiné, e de regiões adjacentes.
No final do século XIX e início do XX, a França definiu as fronteiras da atual Guiné com os territórios britânico e português que hoje formam respectivamente, Serra Leoa e Guiné-Bissau.
Negociou ainda a fronteira com a Libéria. Sob domínio francês, a região passou a ser o Território da Guiné dentro da África Ocidental Francesa, administrada por um governador-geral residente em Dakar (atualmente, capital do Senegal). Tenentes-governadores administravam as colônias individuais, incluindo a Guiné.

Sékou Touré 

Em 1957 o futuro de Guiné começou a mudar. Através de Ahmed Sékou Touré, líder do Partido Democrático da Guiné (PDG), que ganhou 56 das 60 cadeiras nas eleições territoriais, o povo da Guiné decidiu em plebiscito, por esmagadora maioria, rejeitar a proposta de pertencer a uma Comunidade Francesa. Os franceses se retiraram rapidamente, e em dois de Outubro de 1958, a Guiné se tornou um país independente, com Sékou Touré como presidente.


Mas como acontecera com as ex-colônias por todo o globo, os países colonizadores (invasores por melhor dizer) e seus cidadãos, nutrem por muitos anos um boçal sentimento de mando, de tutor ou mesmo dono das ex-colônias e também sobre seus cidadãos.
É o caso recente dos conflitos na Líbia, onde a ex-colonizadora Itália, resistiu até onde pode a decisão de participar dos ataques ao governo de Kadaf, vez que, aos invasores ao fazerem seus acordos para dar a “liberdade” ao povo hora colonizado, formulam leis e celebram acordos capazes de assegurar que eles possam dominar de forma considerável, os poderes políticos e econômicos das ex-colônias.

A história bem diferente da matemática, não é exata e previsível. De tempos em tempos ela é reescrita e faz com que as partes nela envolvidas em um tempo próximo passado, possam contemporizar novos fatos que farão partes da futura história. Nem sempre como o mesmo desfecho de outrora, mas haverá sempre um desfecho a ser descrito. Assim ocorrera com o encontro da antes dominadora França e da dominada Guiné.
Hotel Sofitel New York

Um franco e poderoso representante dos povos europeus de etnia branca-caucasiana (em outros tempos um legitimo ariano) se encontra de forma não intencional (será?), com uma legítima figura feminina da cor do ébano, quando o mesmo estava nu, e com seus feromônios a flor da pele, em um quarto de um luxuoso hotel em Nova York. Por certo ele pensou que deveria cumprir seu papel de predador ariano, poderoso e superior e sobre julgo, obrigar a uma mulher negra e serviçal, a ceder aos seus caprichos de prazeres profanos!
Sempre fora assim a relação França e Guiné! Sempre fora assim a relação Capital e Trabalho, um senhor branco manda, uma mulher negra obedece! Um déspota ariano sempre acreditou que o poder econômico e político que eles sempre podem lançar de mão, hão de livrá-los sempre de seus rompantes de lascívia, tirania e dominação!

Não falo aqui de um ditador de um país subdesenvolvido, falo do francês que representa o poder econômico mundial, que de tempos em tempos, decide quanto que um país em desenvolvimento feito Guiné, deve investir no social e o quanto ele deve pagar de juros de suas dívidas “eternas” e externas, ou seja, escolher entre o seu povo e os banqueiros!

Dominique Strauss-Kahn
Dominique Strauss-Kahn, esse é o nome do ex-homem forte do desacreditado FMI – Fundo Monetário Internacional é esse mesmo FMI que foi o vilão dos empréstimos inimagináveis do Brasil, que o Lula pagou. FMI que não conseguiu alertar o próprio mundo capitalista da crise que eles criaram em 2008. A mulher que ele tentou estuprar, uma jovem senhora imigrante africana de 32 anos, se chama Nafissatou Diallo.

Nafissatou Diallo
Guardem esse nome, Nafissatou Diallo! Ela merece o respeito e a solidariedade das pessoas de bem do mundo todo. Não só por ela ser uma mulher imigrante e negra. 
Nem tão pouco apenas por ela trabalhar arduamente e honestamente para criar sozinha a sua jovem filha de 15 anos, fruto de um casamento desfeito. 
Ela é uma honrada mulher mulçumana, que tem forte doutrina do Islã e é proba e guarda a sua castidade (para muitos no mundo ocidental isso não tem valor nenhum, mas para uma mulçumana é a diferença de existir) e há três anos trabalhando como camareira do Hotel Sofitel New York, nunca fora repreendida por nenhum desvio de conduta!

Além destes predicados, eu a admiro e respeito por ter se levantado contra o dominador ariano francês, que tem por cultura talvez, acreditar que toda mulher negra (e ainda por cima serviçal) tem o dever de ser violentada, aceitar e nada dizer! 

Ela reviveu em suas veias o sangue do guerreiro Samory Touré, da etnia malinke da Guiné, que em outros tempos, também não aceitou ser dominado pelo o então, Império Francês! 

A coragem dela acendeu a luz vermelha dos que ainda pensam como o Dominique Strauss-Kahn, mas pensar por pensar, acredito que agora no chilindró (prisão domiciliar), ele esteja tentando entender como recebeu esse golpe, a “armação” da direita nacionalista francesa, ou para muitos uma trama do Presidente Francês Nicolas Paul Stéphane Sarközy de Nagy-Bocsa (o nome do homem é grande assim mesmo), que não quer colocar em risco sua reeleição, tendo Dominique Strauss-Kahn a solta. 
A realidade é que ele não sabe que, Nafissatou Diallo, além de mulher negra, é também uma revolucionária subversiva, que com espírito de guerreiros ancestrais, não aceita as regras de submissão dos manuais da “supremacia” branca! E com isso ela sem querer, alterou a história das relações de poderes! 


É por isso que pergunto: Você já foi à Guiné?  

Não? Então vá! Lá é terra de lindas mulheres guerreiras!


Jayme Tijolin

quinta-feira, 19 de maio de 2011

“À mulher de César não lhe basta ser honesta, tem também de parecê-lo”.



“À mulher de César não lhe basta ser honesta, tem também de parecê-lo”.



Entre as frases mais conhecidas do ex-ditador romano Caio Júlio César, esta é uma das que mais se destacaram. Essa máxima muito usada nos dias de hoje quando o assunto é honestidade alheia, nos remete a Roma antiga, quando Pompéia, a esposa de Caio Júlio César, fora acusada de adultério com Públio Clódio Pulcro (Publius Clodius Pulcher).

Públio Clódio Pulcro (Publius Clodius Pulcher) nasceu Cláudio, por volta de 92 a.C., mas por motivos políticos acabou por adotar a versão plebéia do nome, Clodius. Este jovem patrício (condição de que abdicou, fazendo-se adoptar por um plebeu) tornou-se conhecido não só pela sua carreira política populista, mas também pelo comportamento por vezes excessivo.

Um dos maiores escândalos em que se envolveu aconteceu em 62 a.C., quando, vestido de mulher, penetrou na casa de Júlio César, onde a mulher deste, Pompéia, celebrava os ritos da Bona Dea, nos quais a presença de homens era proibida. Disse-se que andaria envolvido com Pompéia (alguns historiadores sustentam que ele fez isso para macular a imagem de César e desestabilizar seu governo), e que a entrada na casa teria por isso sido facilitada. Foi descoberto por uma escrava de Aurélia, mãe de César, e levado a julgamento por sacrilégio.

Pompéia, por seu lado, foi repudiada. Conta Plutarco, que, tendo sido César chamado pela acusação para testemunhar contra Clódio, afirmou nada ter contra o jovem. Ao ser confrontado com o paradoxo - afinal tinha repudiado a mulher - César terá respondido que, apesar de convicto da sua inocência, preferia que sobre a mulher não recaísse qualquer suspeita. Nascera então a famosa frase:À mulher de César não lhe basta ser honesta, tem também de parecê-lo”.

Em tempos atuais, d.C., a Capital Federal se parece muito com Roma, os meandros dos poderes Políticos, Judiciais e Econômicos sempre nos premiam com armações, complôs e tentativas de golpes civis.

O mais novo acontecimento nessa “nova Roma” é o suposto enriquecimento do Ministro Chefe da Casa Civil do Governo Dilma, Antônio Palocci.

A panfletária matutina Folha de São Paulo, com o seu “jornalismo investigativo” (há quem diga que, assim como ocorreu com Públio Clódio Pulcro para prejudicar o César, a intenção da Folha ao estampar tal reportagem mirava não Palocci, mas o governo de Dilma), estampou em suas páginas na edição dominical que, o citado Ministro Palocci conseguira de forma obscura, multiplicar por 20 vezes seu patrimônio.

Bem, deixemos de lado as versões de tentativas de derrubar o mais poderoso Ministro do Governo Dilma, por um agente do PIG – Partido da Imprensa Golpista (como já diz Paulo Amorim e sua Conversa Afiada); deixemos também de lado, as falas soltas que garantem que fora “fogo amigo” que alvejou Palocci, fogo esse atribuído ao “Companheiro José Dirceu”, vez que, comenta-se amiúde que o mesmo ainda não digeriu sua “saída” do poder palaciano, e culpa Palocci por tal acontecido.

Todos esses pormenores de intrigas e golpes panfletários, a classe política brasileira pode e deve aprender com o ocorrido. O cidadão que se dispõe a ingressar na vantajosa vida pública brasileira deve por certo entender que, as aparências mais do que nunca enganam mesmo!
Já assistimos esse filme de "congelar" o Palocci?

Aqui não faço juízos de valores, não quero entrar no mérito se há licitude nas consultorias que um Deputado (Palocci era Deputado Federal quando aumentou seu patrimônio) com mandato presta a iniciativa privada, deixemos isso para o Procurador Geral da República e o Supremo Tribunal Federal, a quem de direito constitucional, cabem o papel de julgar os atos lícitos ou não, dos ocupantes de cargos públicos na esfera federal.

Mas vamos combinar, nós simples mortais eleitores, que acreditamos (ainda) nas promessas de boa gestão do erário público por parte dos por nós eleitos, e que vemos com muito ceticismo as relações promiscuas do poder público e o capital privado, podemos e devemos dar o nosso ponto de vista neste imbróglio quase romano:

Ao Palocci não lhe basta ser honesto, tem também de parecê-lo”.

E o ruim nisto tudo, é que tem sido uma constante dos políticos brasileiros, omitir ou deixar-se pensar em desonestidade quando se trata de seus patrimônios, outro dia era o Aécio Neves que escondia sua frota de carros importados, deixando-os em nome de uma rádio que ele e a irmã são donos!

E isto serve não só para o Palocci, mas ao Sarney, Aécio Neves, Lula, Serra, Dirceu e Presidenta Dilma e todos os homens e mulheres que fazem da política sua profissão ou ideal de vida!


Nós, “a plebe”, merecemos esta nobre consideração.





domingo, 8 de maio de 2011

ÓRFÃO DE MÃE VIVA



A data do dia das mães não é data festiva para mim.

Calma! Não me veja como um herege!

É que desde a separação dos meus pais em meados dos anos 80, quando eu e meus irmãos fomos literalmente abandonados por nossos pais; tal dia festivo em todos os lares (na maioria deles), já não tinha mais motivos festivos para lembrar-me dele.

Depois de muitos anos, ao encontrar minha mãe novamente, tentei reviver este dia e confesso, não consigo mais sentir prazer neste dia! Minha mãe é viva, o que me torna um órfão de mãe viva!

Acredito que ao abandonar os filhos, minha mãe perdeu um vinculo Divino que a cada mãe é dado por Deus, Nosso Pai Celeste; para manter as mães sempre ligadas aos seus filhos, e por eles sentir amor, zelar e proteger. Esse vínculo que minha mãe perdeu, é algo precioso, como que se um filho fosse um coração que bate fora do peito materno.

Mas não estou aqui para contar minhas dores, nem falar de amores maternos mal conduzidos e ofertados; não é por causa do meu sofrer como filho, que a grandeza do ser MÂE não deve ser comemorada e eternizada pelos bilhões de beijos e abraços que são compartilhados no DIA DAS MÃES (e muito mais dos filhos).

A Criatura Divina, que resumidamente é chamada de MÂE, é o ser que na Criação de Deus, mais se aproxima de Sua Graça.

O Dom de Gerar, trazer ao mundo uma vida, faz da mulher, esse ser que Deus aperfeiçoou depois de criar o homem; se igualar, quando exercer com amor e responsabilidade seu Dom Divino, ao Poder Eterno da Criação!

Acredito que sempre há festa nos Céus quando uma MÂE cumpre seus desígnios Divinos da Maternidade.

Assim como também, acredito que quando uma MÂE exerce a plenitude de seu Dom Divinal, com esmero, em amor e excelência, podemos acreditar na existência humana!

Este post é para dizer aos meus amigos, leitores e gentis seguidores deste Blog, que tem suas MÂES vivas e desfrutam de seu amor, cuidados e carinhos, desfrutem dessa Bênção de Deus! Valorizem cada momento que puder estar ao lado delas! Dêem a elas seu amor e respeito; e mais que isso, deixem sempre suas MÃES saberem do amor que sentem por elas!

Aos que já tiveram o infortúnio de verem suas MÂES partirem para o outro lado do véu, as eternizem em vossas lembranças!

Pois essas coisas são lícitas ao Deus Eterno, o oposto disso a Ele desagrada!

A todos eu desejo: UM MARAVILHOSO DIAS DAS MÃES!

Para encerrar, compartilho o lindo poema Para Sempre do eterno Poeta Mineiro, Carlos Drummond de Andrade.

 Para Sempre 

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.