domingo, 18 de setembro de 2011

A PRIMAVERA PALESTINA - O BRASIL E A QUESTÃO JUDEUS/PALESTINOS






Amigos, o Brasil está intrinsecamente ligado a questão Judeus/Palestinos.

O Estado de Israel fora criando por volta de 1948, quase um ano após a histórica sessão do pós-guerra, onde as Nações Unidas discutiram e aprovaram o Plano de Partilha. Esta Sessão das Nações Unidas fora presidida pelo brasileiro Oswaldo Aranha, que é para muitos Judeus, um dos Pais do Estado Hebraico, e hoje dá nome a vários monumentos e espaços públicos em Israel; dentre eles, uma das mais belas e importantes praças na região central de Jerusalém.

Agora, depois de 63 anos da criação do Estado de Israel, uma brasileira, a primeira mulher a abrir uma conferência da ONU, poderá também ser protagonista de mais um momento histórico na questão judeus/palestinos. Esperasse que a Presidenta Dilma Russef no discurso inaugural da 66ª Conferência das Nações Unidas, toque no assunto, insistindo da necessidade da criação e reconhecimento do Estado Palestino, reforçando a posição de líder internacional buscada pelo Brasil.

Mahmoud Abbas, Líder do Partido Fatah (reconquista) e presidente da Autoridade Nacional Palestina, na sexta-feira (23/09), em seu discurso diante da Assembléia Geral, proclamará o surgimento da nova nação.
A proposta de criação do Estado Palestino, já conta com o apoio de 140 dos 193 com direito a votar na Assembléia Geral, inclusive o Brasil. A votação terá mais valor historio e político, uma vez que os Estados Unidos das América, através de seu presidente Barack Obama, prometeu vetar no Conselho de Segurança a decisão da Assembléia Geral, que venha criar o Estado Palestino.


O presidente de Israel, Shimon Peres – Prêmio Nobel da Paz apresentou palavras conciliadoras que demonstram uma nova postura de Israel na eminência de novos acordos entre judeus e palestinos. Disse que o país está disposto a negociar. Numa girada expetacular de 180 graus, reconhece o Estado Palestino. 

Com ele concorda, por exemplo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que já declarou: “Eu aceito o Estado palestino. É hora de o presidente Abbas conclamar o seu povo e dizer: eu aceitarei o Estado judeu.”

Na prática essa aceitação é extremamente condicionada à manutenção das fronteiras atuais de Israel, que alega que por questões de segurança não pode abrir mãos das terras conquistadas na Guerra dos Seis Dias em 1967 (a razão dos conflitos) http://www.youtube.com/watch?v=RUC5jI4F1l4 .
Eis ai o ponto da discórdia, pois os palestinos não aceitam a paz, sem que as fronteiras pré-1967 sejam restabelecidas.

 É complicado o cenário que os políticos e diplomatas das Nações Unidas, USA, União Européia e o BRIC terão pela frente para intermediar entendimentos entre os vizinhos na terra santa.

Nós brasileiros, que fazemos parte da história entre esses povos, que mostramos ao mundo que árabes, judeus e palestinos podem viver em paz e respeito como diariamente podemos ver em nossas cidades; esperamos que a tão sonhada e para muitos utópica paz entre judeus e palestinos, possa de fato acontecer.






 Jayme Tijolin

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O POETA, O AMOR E A NOITE



O POETA, O AMOR E A NOITE

O poeta, o amor e a noite, são amantes universais!
Travam silenciosas batalhas na alma,
lado a lado, sem complexos entendimentos,
convergem na sintonia dos sonhos e realizações.
No deleite simples, ao interesse da sensibilidade!

Nem tudo é tão imperfeito que não careça do poetar.
Como não há verossímil perfeição que não ancore no amor.
Pois não existe a eternidade sem o colo gentil da noite,
que nos acolhe suavemente nos braços da pessoa amada,
fazendo-nos nobres em nossos desejos de plebe.

Dizem que são tolos os poetas...
Assim como para tantos, há tolice no amar!
Nada mais são que arautos do lirismo,
esse, assassinado pela vida louca,
que destrói os homens na produção do capital!

Assim sendo, confortavelmente cabe perguntar:
A quem não serve o silenciar noturno,
e seu estrelado convite a reflexão e ao recordar?
Eis aqui a deixa para a triangulação dos amantes,
O poeta, o amor e a noite!
Jayme Tijolin

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domingo, 11 de setembro de 2011

MEMÓRIAS DE 11/09 E A DOR DA HIPOCRISIA!


Sim, eu preciso perguntar!


Neste momento de tristes lembranças pelas vidas perdidas no WTC e nos outros ataques de 11 de setembro de 2001, quando a mídia mundial não fala em outra coisa, e aqui no Brasil também, a Globo News, por exemplo, parece uma sub-sede da embaixada americana;  
sinto também a dor do silêncio da hipocrisia!

Sim, Hipocrisia!


Pois a pretexto de vingar os mortos, alegando que havia armas de destruição e que o Iraque ajudou a patrocinar os ataques de 11/09/2001, a poderosa nação americana invadiu o Iraque.


Os números extra-oficiais de ONGs totalizam mais de um milhão de civis mortos nesta guerra (sem falar a do Afeganistão), Isso mesmo 1.000.000 de 
vidas perdidas!

Respeito a memórias dos mortos nos ataques de 11/09, respeito à dor de seus familiares e amigos; mas não entendo por que nós ocidentais não nos comovemos por igual, quando falamos de morte de Muçulmanos?


Será que é porque na maioria somos Cristãos e Judeus?

Lembro-me bem de uma fala de um clérigo Muçulmano que participou de um culto ecuménico, nos escombros do WTC alguns dias depois do ataque, ele disse:

“Meu coração se alegra ao ver que Cristãos, Muçulmanos, Judeus, Budistas e Ateus, estejam unidos doando sangue para as vitimas que sobreviveram a essa tragédia! Mas vejo que o sangue de todos tem a mesma cor, como também vejo que somos todos filhos do mesmo DEUS.”




Pois bem, hoje o USA está numa situação econômica perigosa não só por causa da bolha imobiliária, que gerou a quebradeira dos bancos, mas também, pelo alto custo das suas guerras contra o “terror”!

Só no Afeganistão já fora gastos mais de U$ 440.000.000.00!

Se somarmos os gastos com as duas guerras, daria para acabar com toda fome no Continente Africano! 

Acho que se o USA tivessem gasto tanta grana combatendo a desigualdade, a miséria e a fome no mundo, os americanos viveriam num país e num mundo mais seguro!



Sou contra a barbárie do 11 de Setembro de 2001, assim como sou contra a morte dos também inocentes que morreram e morrem no Iraque e no Afeganistão. 


Por isso, não aguento mais essa hipocrisia dos que  choram apenas pelos americanos que morreram nos atentados, e esquecem as vitimas das guerras e da fome!

Que a paz esteja convosco! 

Jayme Tijolin!