quarta-feira, 30 de março de 2011

COMENTÁRIOS A RESPEITO DO ZÉ.





São poucos os políticos deste país continental, que mereçam nosso respeito e admiração!
São poucos e agora o número reduziu ainda mais, pois perdemos o Zé Alencar!
Agora por aqui nas altaneiras montanhas de Minas, e creio eu pelo Brasil afora, muitos são os que irão sentir saudades do Zé!


A política (que diferente da matemática nunca é exata) produz cenas no mínimo estranhas, ontem ao saberem do último sopro de vida do Zé Alencar, vários emplumados tucanos e outros reacionários democratas, que na campanha de 2006 para a presidência da republica, falaram coisas absurdas do vice de Lula, se prestaram a tecer e a rasgar lindos comentários a respeito do Zé. 


Das coisas que me chamavam atenção no Zé Alencar, uma delas era o fato de quando todos o tinham como o Guerreiro numa Batalha Épica contra o câncer, ele nunca se referia ou se apresentava como tal; era o Zé, comum e igual a tantos brasileiros que lutam contra mesma doença, sem os recursos que ele dispunha.

Nunca coube a ele essa coisa bélica da luta contra a doença, ele lutava com as armas que as ciências lhe permitiam e com a mais importante arma, a perseverança!
Com ele aprendi que não devemos nos fazer de “coitado”, mesmo quando a morte estiver de plantão na porta de nossa vida!

Sou dos que crêem que homenagens devem ser prestadas em vida, não quero com isso desmerecer as verdadeiras e as falsas (como as dos tucanocratas) manifestações que se ver e se ouve por todo o país e até no exterior; e pelo visto, o Zé também pensava assim, pois uma das suas músicas preferidas era uma que ele gostava sempre de ouvir, na voz do Imortal Nelson Gonçalves, “Quando Eu Me Chamar Saudade”!

Quando Eu Me Chamar Saudade


Sei que amanhã
Quando eu morrer

Os meus amigos vão dizer
Que eu tinha um bom coração
Alguns até hão de chorar
E querer me homenagear
Fazendo de ouro um violão
Mas depois que o tempo passar
Sei que ninguém vai se lembrar
Que eu fui embora
Por isso é que eu penso assim
Se alguém quiser fazer por mim
Que faça agora.

Me dê as flores em vida
O carinho, a mão amiga,
Para aliviar meus ais.
Depois que eu me chamar saudade
Não preciso de vaidade
Quero preces e nada mais


Pois é... Saudade é sinônimo de eternidade!
Ao sentir saudade de alguém, eternizamos essa pessoa em nossas lembranças e coração!
Descanse em paz Zé!
E sei que muitos irão dizer, como aqui nas nossas Minas Gerais: 
"Ai que saudade docê"!

Jayme Tijolin

Um comentário:

  1. Lindo o texto! Como você mesmo falou, o Zé era pra nós um ícone de coragem e de garra na luta eterna contra um mal que infelizmente nos assombra. Mas ele ensinou a frase mais correta, que deveriamos ter sempre a um palmo à frente do nariz: "Não tenho medo da morte, tenho medo é da desonra". Acho que isso resume tudo.
    Saudades do eterno guerreiro que não me conhecia, mas ao qual sempre terei um imenso carinho e apreço. Parabéns moço das Minas Gerais!

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